quarta-feira, 11 de novembro de 2009

No feriadão de Finados (01 e 02/11) fui dar uma velejada no Belga, um catamarã de 28 pés, do amigo Eduardo Régua. Um belíssimo fim de semana, com bom vento (um nordestão entre 15 e 20 nós) e a companhia das respectivas famílias. O que mais poderíamos pedir?

No domingo (01/11) saímos lá pelas 11:00 da sede central do ICSC em direção ao sul da ilha, mais precisamente para o Ribeirão da Ilha, localidade pitoresca pelo seu antigo casario de notada influência açoriana. Nosso destino era o Restaurante Ostradamus, onde pretendíamos saborear deliciosas ostras, camarões e o que mais viesse pela frente.

Com o vento a favor e soprando forte levamos mais ou menos 45 minutos para cobrir as 7,5 milhas náuticas do trajeto, só com a vela mestra e a genoa em asa de pombo, sem usar o balão.

Amarramos o barco no píer do restaurante e fomos encarar o "desafio" dos frutos do mar, hehehe. Não nos decepcionamos, a comida, como de costume, estava ótima.

Depois de devidamente "abastecidos", hora de voltar, com o vento e as ondas bem "na cara". Genoa em cima, calçamos no motor e vamos em frente.

O trajeto que levou 45 minutos na ida, demorou quase 2 horas na volta, mas sem problema, afinal era feriado e ninguém estava com pressa, pelo contrário.

No dia seguinte, 2ª feira 02/11, saímos do ICSC mais ou menos na mesma hora, mas desta vez, para evitar a trabalheira da volta, já que o nordestão continuava soprando, resolvemos ir para o norte, só no motor, até a localidade de Sambaqui, onde há vários ótimos restaurantes à beira do mar, sendo que alguns deles inclusive têm píer.

Optamos pelo Restaurante Restinga, já conhecido de todos e com uma ótima cozinha, além de um píer muito fácil de encostar.



Já deve ter dado para perceber que as saídas foram náutico-gastronômicas. Nada melhor - uma boa navegada, uma excelente refeição, tudo em ótima companhia.

Sem falar no belíssimo visual da Baía Norte, com a Ponte Hercílio Luz ao fundo.

Bem, refeição encerrada (infelizmente, pois tanto os camarões quanto as caipirinhas estavam deliciosos), hora de voltar.

Vento a favor (3/4), de uns 18 nós, mestra e balão assimétrico em cima, o barco "voando baixo" e, quando nos demos conta, já estávamos quase embaixo da ponte, praticamente "na porta" do clube.


Hora de baixar e ferrar as velas, ligar o motor e dirigir-se ao ancoradouro, para deixar o barco (e nós também) descansar um pouco até a próxima velejada.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Veleiro clássico

Há umas duas ou três semanas tive a oportunidade de velejar no "novo" barco do meu amigo Eduardo Régua. Novo pra ele, pois se trata de um Classe Brasil, um veleiro de madeira, de 40 pés, desenhado pelo escritório americano Sparkmann & Stephens lá pelos anos 40/50 do século passado e construído pelo Estaleiro Arataca, aqui mesmo em Floripa, embaixo da Ponte Hercílio Luz.

O barco, hoje chamado Sagres V, originalmente se chamava Cayru II, e pertenceu à Família Geyer, precursores da vela no Rio Grande do Sul. É o que pode se chamar de um veleiro quase
sex(agenário), pois foi construído no final dos anos 50 para correr a Regata Buenos Aires - Rio, que ele chegou a vencer certa feita.

O dia estava ótimo, soprava um nordeste de uns 15 a 20 nós e a navegada foi da sub-sede do ICSC em Jurerê até a sede no centro, ou seja, vento franco o tempo todo. Belíssimo passeio, acompanhado das respectivas companheiras e crianças.

Dois dos momentos emocionantes da velejada foram passar por baixo da Ponte Hercílio Luz, local de nascimento do barco há quase 6 décadas, e presenciar a emoção do pessoal da "velha guarda" do ICSC ao ver o barco de volta às origens.