Dizer que o evento tem muitíssimo mais barcos a motor do que a vela é chover no molhado. Mas, infelizmente, esta é uma realidade não só no Brasil, mas em quase todo o mundo - o mercado de motor é maior que o de vela. E o salão retrata isso. Além disso, como o evento é cada vez mais voltado ao mercado de alto luxo, diversos expositores tinham pouco (ou nada) a ver com o mercado náutico, mas tudo a ver com luxo, sofisticação e consum(ism)o.
Este ano, nem os stands das lojas náuticas apresentavam as miudezas que nós velejadores costumamos procurar nos salões - era só a linha top mesmo.
Mas mesmo com esse quadro não muito animador, algumas coisas boas se destacaram.
Primeiro, tem mais veleiros este ano do que lembro que houvesse em anos anteriores - tá bem, quase todos top de linha, com preços de assustar, mas mesmo assim, um razoável número de veleiros.
Dentre eles, uma novidade ansiosamente aguardada pelos amantes de multicascos de cruzeiro, entre os quais me incluo - o CatFlash35, do estaleiro Craftec.
O barco está muito bonito, bem resolvido e com algumas soluções bem interessantes. Infelizmente não foi possível realizar um test-drive, mas não faltarão oportunidades.
Além disso, hoje tive a oportunidade de fazer um test-drive no inflável Flexboat SR1000. Apesar de não ser um grande apreciador de barcos a motor, sempre gostei dos infláveis de fundo rígido, por sua versatilidade e boa navegação, e o SR1000 não é exceção à regra.
O barco navega bem e, mesmo nas ondas desencontradas da barra da Baía da Guanabara, não dá pancadas secas, tão incômodas aos tripulantes.
Além de um posto de pilotagem com ótima ergonomia, o SR1000 apresenta um console central que abriga um banheiro de dimensões generosas e com um box com pé-direito de 1,80m. Não esquecendo de mencionar as enormes e confortáveis espreguiçadeiras existentes no solário de popa, em cima da casa de máquinas, e uma grande quantidade de assentos estofados por todo o barco.
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